eco da noite, confissões, palavrório.

Sinto uma dor no peito. Não sentimental. Uma sensibilidade nos seios, na ponta deles. Para isso passar não sei como faz, mas ajuda deitar de lado... Logo passa. Sem metáfora.
Ajuda deitar de lado, como ajuda saber que agosto não tem sido um mês bom, todos os outros foram maravilhosos. Estive claramente satisfeita;
Ajuda deitar de lado, como ajuda ter perdido 5o reais hoje, diante de um ex coleguinha de infância que perdeu a vida;
Ajuda deitar de lado, como ajuda entender que esse apartamento é bom, mas a casa da minha mãe é a melhor morada do mundo;
Ajuda deitar de lado como ajuda notar que Ela, diante de toda confusão foi honesta comigo, consigo e com seus sentimentos;
Ajuda saber quem uns vão de chinelo pois os pés ficam mais a vontade, e eu entendo isso.
Outros vão de tênis pela segurança, e eu entendo isso.
Outros descalços, e eu entendo.
Unhas do pé feitas, eu entendo
Unhas sem fazer, entendo.
Quando roubam um celular, entendo. Não quer dizer aceito.
Quando não me compreendem, aceito, isso sim, quer dizer aceito, mesmo morando com a pessoa.
Na minha ignorância, entendo que arte é uma força de expressão pessoal. Se ator, expressa-se com corpo. O corpo é um mero instrumento de expressão. Um argumento brilhante, para eles. Uns são escravos do próprio personagem, outros são felizes e todos são atores.
Ajuda deitar de lado, como ajuda ampliar









a capacidade de ver além dos olhos, a mim e a esse mundo, entendendo isso.
O certo seria ficar assustada, há um excesso de informações que se atropelam agora. Mas eu gosto de aprender e é minha obrigação não resistir. Uma batalha simples que arrasto pela vida inteira... De lugar em lugar, grupo em grupo, boca em boca.
(E após o número, os olhos recrudesciam em fúria, perscrutando em volta, tentando advinhar, nas frestas miúdas do seu cérebro, a mais leve sugestão de ironia contra o espetáculo.)
-Esquece essa ladainha toda,
só quero te ver.

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